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Modelo Conceitual de Dados - Conheça os principais conceitos e recomendações para utilizar este arte

“Neste artigo Bergson Lopes apresenta para os leitores os principais conceitos sobre a Modelagem Conceitual de Dados, alinhados com as melhores práticas adotadas pelo mercado”


O que é um Modelo de Dados?

Os modelos de dados são artefatos que representam de forma estática, sob o ponto de vista dos dados, a captura dos requisitos de informação e as regras de negócio através das entidades (ou classes de negócio), atributos, relacionamentos e demais regras representadas em formas gráficas e textuais.


A modelagem de dados é o processo que engloba o entendimento, a especificação e a validação do modelo de dados proposto, seguindo as diretrizes, padrões e melhores práticas recomendadas pela Governança de Dados de cada empresa.


O modelo de dados é um dos principais artefatos utilizados na Gestão dos Dados. Podem ser utilizados em vários asuntos ligados à Gestão de Dados. Como exemplo:


Arquitetura de Dados: Onde os modelos de dados corporativos são representados, fornecendo informações das principais entidades de negócio corporativas da empresa.


Governança de Dados: Os modelos de dados exercem um importante papel nesta função. Através deles podemos identificar quais os gestores das informações, quais pessoas ou aplicações têm acesso aos dados representados em cada modelo.


Modelagem de Dados: Função específica para análise, especificação e implementação dos modelos de dados. É nesta função onde os modelos de dados são criados.


Integração das informações: Os mecanismos de integração de informação podem ser representados nos modelos de dados. Várias ferramentas para modelagem de dados fornecem recursos para criação de propriedades específicas, onde as informações sobre os mecanismos de integração utilizados podem ser representadas facilmente.


Gestão de Metadados: Boa parte dos metadados das empresas é representada através dos modelos de dados das aplicações. A gestão de todos esses modelos incluindo a sua guarda e disponibilidade é feita através da função Gestão de Metadados.


Vale ressaltar que, atualmente, no mundo da Gestão de Dados, a Modelagem de Dados não é encarada como uma função específica dentro da versão atual do guia DAMA-DMBOK® - Data Management Body of Knowledge. No guia, as atividades de modelagem de dados estão contempladas na função “Desenvolvimento dos Dados”, junto com outras atividades focadas na criação de estruturas de dados dentro do ciclo de vida do desenvolvimento das aplicações, tais como: levantamento e análise dos requisitos de dados, implementação dos modelos de dados nos SGBDs e disponibilização de dados armazenados nos SGBDs.


As técnicas de construção e representação acerca dos modelos de dados são muitas. Os modelos de dados são criados e ajustados dentro de várias fases do ciclo de vida do sistema. Para cada fase são recomendados modelos com diferentes graus de abstração, representação e detalhamento. Esta abordagem resulta em uma divisão onde três tipos de modelos são adotados. São eles:


- Modelo Conceitual de Dados;


- Modelo Lógico de Dados;


- Modelo Físico de Dados.



O Modelo Conceitual de Dados

Um modelo conceitual de dados é um modelo de dados de alto nível. Sua principal finalidade é capturar os requisitos de informação e regras de negócio sob o ponto de vista do negócio. Ou seja, é um modelo que não sofre interferência de fatores tecnológicos e fatores de projeto em sua construção. É um modelo não tecnológico e não implementável.

No desenvolvimento de soluções é o primeiro modelo que deve ser desenvolvido, já na fase de levantamento de requisitos preferencialmente pelo Gestor de Dados de Negócio ou outro profissional acompanhado de sua supervisão/orientação.


Como um importante instrumento utilizado para representar o negócio da empresa, a construção de um Modelo Conceitual de Dados não deve-se limitar somente à necessidade de representar um novo sistema/aplicação que será desenvolvida na empresa, mas sim, desenvolver visões globais de todo o negócio, bem como integrar essas visões com demais artefatos, geralmente criados por outras Arquiteturas Especialistas, como por exemplo: modelos canônicos, modelos de processos e demais modelos de alto nível.


A técnica para construção de um Modelo Conceitual de Dados é simples. De forma geral, o profissional deve conhecer os mecanismos de abstração utilizados e ter habilidade específica para extrair e entender a visão de negócio do asunto em questão. Entre os componentes de um modelo conceitual, podemos relacionar:


- Entidades;


- Atributos;


- Relacionamentos;


A utilização e representação destes componentes será tratada no próximo artigo.




Recomendações para Modelagem Conceitual de Dados

Somente o domínio da técnica não é necessário para construir modelos conceituais de qualidade. Relaciono a seguir algumas dicas que devem ser consideradas quando o profissional implementar a prática de modelagem conceitual de dados na empresa. São elas:


- Estabeleça um processo formal de trabalho e padrão para modelagem conceitual. O conteúdo deste e do próximo artigo é uma boa fonte para elaborar este padrão.


- Defina um papel responsável pela construção do modelo conceitual de dados. De forma geral, analistas de negócio ou gestores de dados de negócio são os profissionais mais indicados para realizar esta construção.


- O Modelo conceitual deve ser elaborado sempre com a participação dos profissionais de negócio.


- A validação do modelo conceitual deve ser feita por profissionais da área de negócio. Nunca por profissionais de TI.


- Tenha sempre em mente o objetivo do modelo conceitual (representar o negócio), portanto ignore questões técnicas como normalização e performance.


- Modelos conceituais de dados validados devem ser armazenados e seu acesso deve ser concedido para todos os profissionais envolvidos (TI e Negócio).


- Todo modelo é considerado “vivo”, portanto a representação do negócio de hoje poderá não ser a de amanhã. Estabeleça um mecanismo para avaliar o quanto o modelo é atual.



Próximos Passos


As formas de representação dos componentes mudam nas diversas notações utilizadas no mercado (Peter Chen, James Martin, IDEF1X, Merise, etc..). Acompanhe no próximo artigo uma adaptação da notação do Peter Chen na representação dos modelos conceituais de dados.


Também vale a pena destacar o crescimento de modelos conceituais desenvolvidos seguindo a representação da UML. Neste caso, é utilizado o diagrama de classes com a representação das classes de negócio.










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